A pergunta, esse super poder


Quando vejo os filmes da Marvel, na brincadeira penso que poder seria mais útil para um auditor? A minha conclusão é que o laço da verdade seria realmente útil.

Na vida real, sem o laço da verdade, o melhor poder que podemos ter é saber usar bem as perguntas. Aprender a dominar as perguntas abertas é uma arte, e saber interpretar os sinais também.

Vejo pelo menos 4 vantagens em usar perguntas abertas :

Detalhe: Perguntas abertas incentivam respostas mais pormenorizadas. Em vez de receber um simples “sim” ou “não”, obtém-se uma explicação mais completa.

Informação extra: Através de perguntas abertas, os auditados podem fornecer informações adicionais que não teriam surgido com perguntas fechadas.

Confiança: Perguntas abertas podem criar um ambiente mais colaborativo e menos confrontador. Isso pode tornar as pessoas mais à vontade para falar sobre os problemas.

Descoberta: Perguntas abertas ajudam a descobrir processos, políticas ou procedimentos que talvez não conhecesse.

Alguns bons e maus exemplos deste tipo de perguntas poderiam ser:

“Pode explicar-me o processo de controle de qualidade para garantir a segurança dos alimentos?”
“Como é que a empresa assegura a limpeza e higiene no local de produção?”
“Como é feita a formação da equipa em matéria de segurança alimentar e que tipo de acompanhamento é realizado?”

E por outro lado alguns exemplos de más Perguntas (perguntas fechadas ou sugestivas):

“O local de produção é limpo diariamente, certo?”
“Vocês cumprem todas as normas de segurança alimentar, não cumprem?”
“O vosso pessoal é formado regularmente, não é?”

As más perguntas acima são más porque presumem uma resposta, limitam a informação que pode ser obtida, e podem passar a impressão de que o auditor já tem uma ideia preconcebida, o que pode levar a uma resistência por parte da empresa auditada.

O que achas no teu caso, precisas do “laço da verdade” da mulher maravilha ou achas que te tens safado com as perguntas?

Seja um perito da segurança alimentar e eleve sua carreira para outro nível.

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Vermelha, Portugal

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Catarina Quina Ribeiro